terça-feira, 21 de maio de 2013

INVERSÃO DO ÊXODO RURAL


INVERSÃO DO ÊXODO RURAL

 AGRICULTURA






A diversificação das atividades agrícolas explicaria o fenômeno de inversão do êxodo rural. Essa mudança é decorrente do surgimento de empregos na área rural. Grande parte dessas pessoas estava sem ocupação na cidade. Com o surgimento de novos postos de trabalho em granjas de frango, setor da Soja, Produção de Laranja e suco, Criações de bicho-da-seda e produção de leite, Pecuária e outros produtos Agricolas e Rurais, o nível populacional nessas áreas aumentou. Na época da crise com o café houve o êxodo rural. Hoje acontece o inverso. Essas pessoas estão voltando para o campo. O projeto Crédito Fundiário, antigo Banco da Terra, programa do governo federal que visa a evitar o êxodo rural levando as famílias de volta às propriedades rurais foi implantado em 2001. O vertiginoso crescimento das cidades por conta do êxodo rural é preocupante em todos os sentidos, considerando que a expansão demográfica das cidades corre de maneira desordenada nessas circunstâncias. Portanto, inverter esse fenômeno se coloca como um desafio que começa a merecer atenção das autoridades.




ENERGIA



Pesquisa nacional do Programa Luz para Todos, que é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, divulgada no boletim do programa, aponta que dos 10,6 milhões de brasileiros que foram beneficiados, 4,8% ou 96 mil famílias (cerca de 480 mil pessoas) em todo o País, voltaram a viver no campo por identificarem a oportunidade de ter ali uma qualidade de vida melhor que nas grandes cidades. O programa ajuda a diminuir o êxodo rural. O que está acontecendo agora é que as pessoas estão voltando a ocupar o campo. A escolha das cidades beneficiadas pelo programa seguiu um mapa de exclusão elétrica que apontou as localidades onde as famílias não tinham acesso à energia, em sua maioria em áreas de baixo IDH (80% estão no meio rural e 90% têm renda inferior a três salários mínimos). O Programa Luz para Todos contribui diretamente para reduzir a falta de mão de obra no campo. Hoje, se não há energia, as pessoas não vão para o campo, isso cria dificuldades para ocupação das terras e dos postos de trabalho.

 ECONOMIA


Desde os finais da década de 1990 que o custo e a qualidade de vida nas grandes cidades têm exercido uma forte influência de deslocalização da população dessas cidades para zonas do interior e/ou rurais. A par destas contrariedades, a extensão da banda larga por todo o território tem permitido a profissionais independentes e a teletrabalhadores esta deslocalização para as regiões de ‘baixa densidade’. A questão econômica tem sido um dos fortes impulsionadores do êxodo urbano no Primeiro Mundo. O quadro se acentua nas economias mais frágeis como é a portuguesa, que sempre necessitou de auxílio da Comunidade Europeia para se formar no grupo.

BRASIL

O desemprego nos grandes centros urbanos brasileiros e o crescimento da agricultura e dos investimentos industriais em cidades do interior inverteu os fluxos migratórios no Brasil, Ao mesmo tempo, os moradores de zonas rurais sentem-se menos inclinados a deixar as suas famílias e migrar para grandes cidades. A estatística apresentada é contundente, considerando que o “interior” já é capaz de duplicar o número de novos empregos, coisa que deve se estender às cidades menores com o tempo.
Já em São Paulo, o fluxo migratório caiu.



A capacidade de criar empregos [em São Paulo] simplesmente não é mais aquela presenciada no passado, e a população está percebendo isso. Rio e São Paulo costumavam concentrar quase toda a capacidade industrial do país, mas essa época passou. Atualmente o desenvolvimento econômico está se espalhando para o resto do país. De 1987 para cá, o êxodo rural praticamente acabou, uma vez que as cidades não mais oferecem uma melhor qualidade de vida. Dessa forma, o que está em curso no Brasil hoje é um ‘êxodo urbano’, também identificado pelas pesquisas, com o homem das cidades fugindo em direção ao meio rural para escapulir à poluição, à violência e ao estresse dos grandes conglomerados urbanos. Em São Paulo, por exemplo, o fato é facilmente constatável: são os ‘neo-rurais’, pessoas da cidade em busca de melhor qualidade de vida nas zonas rurais. Aliados à mecanização do trabalho agrícola, esses dois movimentos populacionais conduzem ao crescimento das ocupações não-agrícolas no meio rural sem que, todavia, haja uma política de formação de mão-de-obra nas regiões atingidas. São novos modelos ocupacionais - caseiro, jardineiro, trabalho doméstico e serviços - que surgem para atender ao movimento de êxodo urbano.

“O campo está mais cheio de gente do que as estatísticas oficiais levam a crer. A utilização de uma metodologia da época do Estado Novo para a separação dos espaços rural e urbano no Brasil faz com que a população calculada para as zonas rurais seja bem inferior à real. Tal fato atrapalha a definição das políticas do governo para o campo, como a reforma agrária, já que, pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população rural brasileira estará praticamente ‘extinta’ por volta de 2030.” Assim, a metodologia empregada, leva a minimizar a importância do campo, e a negligenciara necessidade de políticas adequadas. “O Censo 2000 do IBGE aponta que 81% dos brasileiros vivem em zonas urbanas, contra 19% em áreas rurais. Caso fossem usados os parâmetros adotados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que estipula um mínimo de 150 habitantes por quilômetro quadrado para a caracterização de zonas urbanas, essa proporção cairia para 57% dos brasileiros morando em cidades e 43% no campo - uma ‘migração’ de mais de 40 milhões de pessoas. O IBGE, no entanto, está apenas cumprindo a lei. No caso, um Decreto-Lei assinado em 1938 pelo então presidente Getúlio Vargas que transformou em cidades todas as sedes municipais existentes, independentemente de suas características, fazendo com que pequenos povoados e vilas virassem zonas urbanas da noite para o dia. Contudo, vemos que o assunto depende de metodologias em uso, que sempre podem ser questionadas. E ao fim, mesmo trazendo algum alento, todo este novo fato ainda não nos conforta de todo, porque aquilo que realmente se espera é vida rural abundante, com gente trabalhando a terra, e não apenas pequenos municípios que passam a ser considerados “rurais”, dentro de um critério tão relativo como qualquer outro.

Humor


FONTES
* Fonte: http://pt.wikipedia .org/wiki/ %C3%8Axodo_ urbano
** Fonte: http://www.diariopo pular.com. br/08_12_ 02/artigo. HTML
*** http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/economia/2002/03/16/joreco20020316002.html
AUTOR: Rogério Santana


2 comentários:

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